quarta-feira, 19 de junho de 2013

Ana Viriato fala-nos da forma como viveu a maternidade


A Ana Viriato é uma figura bem conhecida de todos nós e também ela passou recentemente pela experiência da maternidade. 
O Mommy Mary falou com a Ana sobre a forma como viveu a fase da gravidez e pós-parto e hoje deixo aqui o resultado desta conversa, onde também encontram algumas dicas dadas pela mamã Ana :) 
Assim o Mommy Mary inaugura esta rubrica de conversas com mamãs, onde em breve teremos a partilha de outras experiências. Espero que gostem! 



MM - Nos dias que correm a decisão de ter um filho pode ser bastante complicada. São muitos os factores a ponderar e por vezes os jovens vão adiando esta decisão por vários anos. No teu caso, foi uma gravidez planeada? Estavas consciente de todas as implicações e alterações que esta gravidez teria nas vossas vidas?

AV - A minha gravidez foi planeada. Eu comecei a pensar que teria de ser naquele momento, porque já tinha 31 anos e gostava de ter mais filhos, por isso fomos em frente com a decisão e hoje não me arrependo nada, a Maria é uma bébé maravilhosa. Claro que a vida muda muito e não estava totalmente preparada para aqueles primeiros meses, mas o ser humano é fantástico e adapta-se rapidamente.


MM - Consegues descrever o momento em que soubeste que estavas grávida?

AV - Estive 1 hora sentada na cama a olhar para o teste… uma mistura de sentimentos, medo, alegria, duvidas…mas nunca mais vou esquecer aquele dia…


MM - Quais foram as tuas primeiras preocupações quando tomaste consciência que estavas, efectivamente, a gerar um novo ser?

AV - A minha saúde.. procurei uma nutricionista e pratiquei sempre exercício.


MM - A gravidez da Maria foi tranquila ou tiveste muitos sintomas? E com o avançar das semanas, como te sentiste?

AV - Tive uma gravidez muito tranquila, nos 3 primeiros meses estava sempre muito enjoada e engordei logo 5 kg, porque só me sentia melhor quando comia, mas depois passou e não tive mais sintomas, só pontapés…!


MM - Que conselhos ou dicas achas fundamentais deixar aqui para as nossas futuras mamãs?

AV - Uma gravidez normal, não é nenhuma doença, tenham uma vida perfeitamente normal e gozem a vossa barriguinha…apesar de não parecer muito possivel vão sentir saudades…
Apliquem muito creme gordo na barriga e nos seios, bebam muita água, namorem muito e tirem muitas fotografias… façam exercicio porque a recuperação torna-se mais fácil.
Ouçam música divertida e sorriam, porque o bébé absorve a nossa energia


MM - O parto... No fundo todas as futuras mães pensam em como será esse momento e, muito provavelmente, vivem com alguma ansiedade e receio os momentos que o antecedem. Como correram as coisas contigo?

AV - Bem, o meu caso foi complicado…estava tudo bem, mas tive um desgosto grande com a perda da minha avó e às 36 semanas a Maria nasceu, tiveram que fazer uma cesariana de urgência.
No entanto tinha planeado com a minha médica parto normal, apesar de me sentir aterrorizada com a ideia do parto normal, achei que seria o melhor para mim e para a Maria.


MM - Qual a tua opinião sobre parto normal/natural versus cesariana?

AV - Pelo que ouvi e li durante a minha gravidez o parto normal acaba por ser melhor para a relação mãe/bébé, a mãe está menos frágil e pode usufruir melhor de todos os momentos.
A cesariana tem uma recuperação mais lenta e dolorosa e pode trazer algumas dificuldades em pegar no bebé e em amamentar…


MM - Certamente o momento em que viste a tua filha pela primeira foi mágico e eterno. Queres descrever?

AV - É de facto mágico e inesquecível, nunca mais vou esquecer o choro da Maria quando saiu da minha barriga, até porque estava muito ansiosa por saber se ela estava bem…
O primeiro contacto com ela foi maravilhoso, não foi como eu imaginava, foi muito melhor, descobri o amor incondicional.
A Maria tem agora 19 meses e esse amor cresce à velocidade da luz e é mágico todos os dias… quando chamou mama pela 1ª vez, quando me deu um beijo de tirar a respiração, quando diz que gosta de mim ate às estrelas. O nascimento é só o 1º de muitos momentos mágicos.


MM - E a recuperação do parto, foi difícil?

AV - No meu caso, foi. Tive uma complicação com a epidural e durante o 1º mês mal me conseguia mexer. A cesariana deixa-nos muito condicionadas.


MM - Já toda a gente ouviu falar nos “baby blues”. Como consideras ter corrido o primeiro mês de vida da Maria? E tu, como te sentiste?

AV - O 1º mês foi muito complicado, tive uma complicação com a epidural, a cesariana limitou-me um pouco e depois é tudo novidade… acordar de 3 em 3 horas para dar de mamar, e no intervalo dessas 3 horas tens que pôr a arrotar, mudar a fralda e quando te apercebes já estás a dar de mamar outra vez… é bastante cansativo e é uma mudança radical no teu corpo e na tua vida! Os bébes deviam nascer com 12 meses!


MM - Quanto à amamentação, como foi a tua experiência? Aconselhas as mamãs a amamentarem? Algum cuidado ou dica que ajude neste processo?

AV - Adorei amamentar, não tive qualquer problema, felizmente. É muito bom aquele momento só nosso com o bébé. Aconselho a amamentação porque é muito mais saudável, no entanto se as mamãs não tiverem cuidado com a alimentação podem causar gases ao bebé.
Devem evitar legumes verdes e leguminosas e aquela velha história da canja de galinha no 1º mês funciona mesmo. Evita os gases no bébé e ajuda-te a manter a linha.


MM - O que mudou em ti depois de teres sido mãe?

AV - Tudo…e ainda bem, agora vejo a vida de uma forma mais otimista e com muitos objectivos. Quero que a Maria cresça num mundo melhor.


MM - E a relação com o teu marido, manteve-se igual durante a gravidez e no pós-parto?

AV - É um teste de ferro na relação do casal. No meu caso, o Ricardo foi fantástico durante a gravidez e é um excelente pai. É dificil em algumas situações porque a mulher está com o sistema hormonal descontrolado, está cansada, desorientada e se o marido não tem uma postura de compreensão e inter ajuda… é dificil. O Ricardo punha a Maria a arrotar depois da mamada para eu poder descansar, hoje ainda acorda de noite para lhe dar o leitinho. Quando existe “team work” tudo funciona e ainda sobra tempo para namorar…


MM - Queres deixar alguma palavra ou mensagem para as nossas já mamãs e também para as que estão agora a viver a experiência da gravidez?

AV - Não deixem de ser vocês mesmas só porque agora são mamãs, cuidem da vossa auto estima, procurem estar bem, porque só assim fazem o vosso bébé feliz!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Criopreservação: sim ou não?

Este é um tema ainda muito controverso e que suscita muitas dúvidas a quem pondera a decisão de criopreservar as células do cordão umbilical.

Os anúncios e as promessas feitos pelos laboratórios são, inequivocamente, aliciantes. Mas será, efectivamente, assim? Terão estas células uma aplicação tão linear como é feito crer ao futuros pais? Terão os laboratórios 100% certeza da aplicabilidade deste processo? Será que existe algum tipo de aproveitamento da "fragilidade" emocional dos pais durante a gravidez para que acedam a este procedimento? Será marketing, ou será mesmo ciência exacta? Laboratórios privados ou banco público - vantagens e desvantagens?
São tantas, demasiadas, as questões que surgem durante a gravidez no que diz respeito a este tema. Uma futura mãe e um futuro pai que nada mais querem do que garantir que os seus filhos terão sempre uma vida segura e saudável. Mas será que vale mesmo a pena? Há quem diga que é uma espécie de "seguro de saúde" para a criança, outros dizem que é dinheiro atirado à rua...

Antes de formar a minha opinião pesquisei tudo o que havia, li muito, ouvi e vi outros testemunhos. E a decisão não é fácil.

Quem já foi mamã, fez criopreservação? Quem está ainda a ponderar, qual a vossa opinião?

Deixo aqui um texto do Instituto Português do Sangue e da Transplantação que, a meu ver, é cientificamente claro e objectivo e que pode ajudar outras mamãs nesta difícil decisão.

http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/ministerio/comunicacao/comunicados+de+imprensa/celulas+cordao+umbilical.htm

http://www.portaldasaude.pt/NR/rdonlyres/6B9237FE-83C8-4A41-8379-A0C717E030AA/0/AplicacoesSCU.pdf


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Por onde começar

O processo de engravidar pode, por vezes, não ser tão fácil quanto as pessoas imaginam. Quem não tem uma amiga que conseguiu logo à primeira ou segunda tentativa, e outra que demorou meses ou mesmo anos a conseguir? Podem ser muitos os factores a condicionar estas, aparentemente simples, tentativas. Físicos ou emocionais, estes factores podem ser um entrave a quem tanto deseja ter um filho. Muitos deles têm solução, outros, mais graves, requerem abordagens mais complexas e, por vezes, tratamentos mais complicados e demorados até que se consiga atingir o resultado desejado. Mas hoje em dia tudo, ou pelo menos quase tudo, é possível e por isso é preciso não desesperar. Nestas alturas, a ansiedade e impaciência são as piores inimigas do casal, atrevo-me até a dizer, da mulher. Parece-me que, de alguma forma, o homem sempre consegue gerir estas dificuldades com uma maior “distância” do que a mulher que, geralmente, não consegue parar de pensar na ideia de no próximo mês ter a tão desejada novidade. Mas a ciência é uma grande aliada nestas situações e certamente, com o devido acompanhamento, o maravilhoso presente vai chegar.

Mas antes de se chegar a isto, claro, tudo deve decorrer naturalmente. Com uma demora maior ou menor, as coisas acabam por acontecer. E hoje em dia são muitos os métodos auxiliares, caseiros, que se podem usar para tornar todo este processo mais eficiente. Antes de mais, e por mim falo também, parece-me completamente impossível “não pensar no assunto” e simplesmente “quando tiver de ser, será”! A partir do momento em que surge a decisão de dar este passo, tudo faremos para que ele aconteça o mais rápido possível.

O primeiro passo deve ser, sempre, consultar um médico. É importante que se façam todos os exames necessários para que se possa seguir em frente. Estando tudo bem, é apenas saber escutar a natureza!

As mais ansiosas, como eu, vão querer controlar todo o ciclo, esse, por vezes tão complexo! Para isso, podem usar vários métodos. Apenas um, ou todos, assim terão confirmação de resultados. Os métodos auxiliares que me parecem “cientificamente” melhores são a medição da temperatura basal e o uso de testes de ovulação. Desta forma poderão controlar qual o dia quase exacto em que ocorre a ovulação e os dias mais prováveis para engravidar. Existem também os calendários de ciclos onde é possível registar todos os dias diversas informações que ajudarão a calcular os dias mais férteis. Tendo o período fértil devidamente calculado, resta esperar que tudo corra pelo melhor. É importante não deixar que este controlo afecte em demasia o estado emocional da mulher ou do casal, embora continue a dizer que me parece extremamente difícil sermos capazes de nos abstrairmos do resultado que estamos a tentar obter. Mas há que tentar!

Claro está que não será necessário usarem logo qualquer um destes produtos. Devem ser usados ao fim de algumas tentativas não conseguidas, para perceber aquilo que poderá estar a falhar. Em grande parte dos casos, a gravidez surge mesmo antes de isto ser necessário. Mas para quem quer, efectivamente, controlar o ciclo, estas são excelentes opções!

Quando nada disto resulta, o acompanhamento deve ser feito pelo médico especialista, a fim de detectar e solucionar qualquer disfunção.

Acima de tudo, sempre pensamento muito positivo e muita calma! Tudo tem o seu tempo e pode mesmo (é normal) demorar algum tempo a acontecer!

E aí, quando menos se espera, uma bela surpresa acontece

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Eu quero... E agora?


A decisão de seguir em frente, de dar este grande passo, pode perfeitamente ser o mais complicado de todo este processo. São demasiados os aspectos a ponderar, muitas questões, dúvidas, muitos senãos. A balança do racional e do emocional nem sempre é fácil de equilibrar... Se a conjuntura o permitisse, se eu tivesse estabilidade, se a casa fosse maior, o carro, o infantário, as fraldas, os brinquedos... Todo um interminável leque de ses, de falta de condições, de preocupações com o futuro, com a sociedade...

Um filho é, para sempre, um compromisso que assumimos com a vida e que mudará completa e eternamente as nossa vidas. O desejo de trazer para o seio da família um novo elemento é irremediavelmente superior e capaz de, na maior parte das vezes, transpor esta barreira de tantas dúvidas.

A capacidade de gerar uma nova vida, de trazer ao mundo um novo ser, é um presente maravilhoso, um privilégio incrível, um milagre perfeito e único da nossa mãe natureza. Receber este majestoso dom é transformar o amor de duas pessoas num compromisso único com a vida, o de acolher e criar um pequeno e mágico ser que será educado, amado e protegido não só pela sua mãe e pelo seu pai, mas por todos aqueles que rodeiam a nova família que está agora formada.

A vinda de um bebé será um processo de adaptação mútua. Os novos pais terão de se habituar a novos hábitos, à presença de uma nova pessoa no lar que até agora era só deles, a novas rotinas, novas preocupações e terão também de adaptar todas as suas capacidades financeiras a esta nova vida que agora se inicia.

Na minha perspectiva, também o bebé recém chegado terá de crescer habituando-se à vida dos seus pais, na medida em que estes devem tentar manter alguns hábitos ou rotinas da sua vida a dois, não deixando completamente de parte a sua vida de casal e até mesmo social.

Uma vida diferente mas, segundo dizem, sempre para muito melhor. O nascer de um bebé, o renascer da vida de uma mãe e de um pai :-)

terça-feira, 21 de maio de 2013

E assim tudo começa...


Este é aquele que pode ser considerado o primeiro dia de tantos outros do resto da minha vida, ou melhor, das nossas vidas... O dia em que decidi finalmente começar a escrever sobre o maior e mais valioso acontecimento que alguma vez poderia imaginar. Um acontecimento tão grandioso que intensificou cada dia da minha vida de há umas semanas para cá e que, por si só, é capaz de fazer todos aqueles que me rodeiam pessoas mais felizes, mais crentes e mais apaixonados pelo milagre da vida.

A gravidez... este lindo e perfeito milagre, que é o momento mais especial em toda a vida de uma mulher. Da mulher não só, está claro, mas da mulher em especial. A mulher, mãe, o elemento protector deste novo e pequeno ser que é gerado como consequência de um amor já impossível de ser contido apenas entre duas pessoas.

São muitos, por vezes demasiados, os factores que envolvem todo o processo de gravidez. Desde tomar a decisão, ao planear. Do querer até ao conseguir. E depois... Bem, depois... As tantas dúvidas, receios e pensamentos que se apoderam de cada futura mamã! Tantas emoções que será necessário gerir e controlar para que tudo corra da forma mais serena e seja possível desfrutar tranquilamente deste “estado de graça” com a qual fomos abençoadas.

São muitos os livros, os artigos e os modelos pré concebidos que nos orientam acerca de tudo aquilo que é suposto ser e acontecer durante uma gravidez mas, no fundo, nada nos prepara para cada um dos momentos, todos eles tão distintos e únicos, que vivemos nesta fase. E, por isso, resolvi partilhar somente e apenas a minha experiência, sem qualquer regra, sem qualquer base, mas apenas a forma como vivo cada momento, como giro cada fase, cada pensamento, decisão, emoção, cada pequena e única descoberta...

É com o maior gosto que partilho esta minha viagem, desejando que todas as futuras mamãs se sintam inspiradas para viver cada dia da sua própria viagem com a maior alegria e que sorriam cada vez que sentem a magia que este novo ser que fazem crescer transmite.